As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são a principal causa de morte e de adoecimento no mundo, sendo a alimentação não saudável um dos seus maiores fatores de risco. Estas doenças representam uma grande carga para os sistemas de saúde, a sociedade e as economias nacionais devido a seu crescente custo. O conhecimento acerca dos custos atribuíveis a doenças pode subsidiar o aprimoramento e a priorização das políticas de prevenção e controle das DCNT, além de fortalecer a defesa de intervenções mais robustas para a prevenção dessas doenças, como medidas fiscais e regulatórias.
Estudo publicado recentemente na Revista Panamericana de Saúde Pública estimou os custos atribuíveis a hipertensão arterial, diabetes e obesidade no Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil para o ano de 2018, utilizando dados dos sistemas de informação em saúde do SUS.
Os custos totais de hipertensão, diabetes e obesidade no SUS alcançaram 3,45 bilhões de reais em 2018, ou seja, mais de 890 milhões de dólares. Destes, 59% foram referentes ao tratamento da hipertensão, 30% do diabetes e 11% da obesidade. No total, 72% dos custos foram com indivíduos de 30 a 69 anos de idade e 56% com mulheres. Considerando separadamente a obesidade, os custos atribuíveis a essa doença chegaram a R$ 1,42 bilhão, o que representa 41% dos custos totais com as três doenças analisadas.
O estudo conclui que as estimativas dos custos atribuíveis às principais doenças crônicas associadas à alimentação inadequada evidenciam a grande carga econômica dessas doenças para o SUS e mostram a necessidade de priorizar políticas integradas e intersetoriais para a prevenção e o controle da hipertensão, do diabetes e da obesidade.
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