Vigitel 2019: Principais resultados referentes a Obesidade, Sobrepeso e Consumo Alimentar

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O VIGITEL compõe o sistema de Vigilância de Fatores de Risco de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) do Ministério da Saúde, com dados obtidos a partir de inquérito telefônico desde 2006. O seu principal objetivo é monitorar a frequência e a distribuição dos principais fatores de risco e de proteção para DCNT. Em cada uma das capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal são coletados dados de uma amostra da população com 18 ou mais anos residente em domicílios servidos por pelo menos uma linha telefônica fixa.

Segundo os dados do VIGITEL, em 2019, a prevalência de excesso de peso foi menor nas mulheres (53,9%), do que nos homens (57,1%), com prevalência média na população de 55,4%. A prevalência de indivíduos com obesidade foi semelhante entre mulheres e homens, com percentual de 20,3% no conjunto das capitais e no Distrito Federal. Entre as mulheres, observou-se relação inversa entre obesidade e escolaridade, ou seja, conforme a escolaridade aumenta, a prevalência diminui.

Em relação ao consumo alimentar, considerou-se um consumo regular aquele que se dá com a frequência de 5 ou mais dias da semana. Como referência para consumo recomendado de frutas e hortaliças, levou-se em conta o número mínimo de 5 porções diárias. Em 2019, o consumo regular de frutas e hortaliças foi observado em 34,3% na população avaliada, sendo mais frequente entre as mulheres (39,8%) do que entre os homens (27,9%). A idade e o nível de escolaridade relacionaram-se de forma direta para essa variável, ou seja, entre indivíduos com maior escolaridade e idade foi verificada maior prevalência de consumo regular. No que se tange ao consumo recomendado de frutas e hortaliças, este esteve presente em 22,9% dos indivíduos avaliados. O consumo regular de refrigerantes esteve presente em 15% da população estudada, sendo mais frequente nos homens (18,3%), em comparação às mulheres (12,3%).

Ainda em relação ao consumo alimentar, pela primeira vez, foram coletados dados referentes ao consumo no dia anterior de alimentos in natura ou minimamente processados e de alimentos ultraprocessados, a categorização adotada no Guia Alimentar para a População Brasileira O consumo de cinco ou mais alimentos in natura ou minimamente processados, protetores contra o desenvolvimento de doenças crônicas, esteve presente em 29,8% da população estudada enquanto o consumo de cinco ou mais alimentos ultraprocessados, em 18,2%. O consumo de alimentos in natura ou minimamente processados foi menos frequente entre os homens (26,6%) do que entre as mulheres (32,3%), ao passo que o consumo de alimentos ultraprocessados foi menos frequente no sexo feminino (15,1%), comparado ao sexo masculino (21,8%).

Esses resultados sugerem a atenção e a necessidade de políticas públicas que corroborem com a promoção de alimentação adequada e saudável para a população brasileira. Além disso, a atualização contínua destes indicadores torna-se imprescindível para o monitoramento das metas previstas no Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil 2011-2022, bem como no monitoramento de metas de DCNT da agenda de 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Para ler o relatório na íntegra ou saber mais sobre o VIGITEL, clique aqui.

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