Um estudo realizado no Brasil avaliou a eficácia da rotulagem com modelo de advertência em comparação ao modelo de semáforo na compreensão, percepções e intenções de compra dos indivíduos. Foram utilizados dados referentes a um ensaio aleatorizado controlado online, realizado com uma amostra de 1607 adultos, que deveriam simular decisões e tarefas executadas durante uma visita regular a uma bomboniere.
O modelo de advertência obteve melhores resultados referentes a clareza de informações do que o modelo de semáforo. A existência de rotulagem frontal de advertência nos produtos melhorou significativamente a compreensão dos indivíduos sobre o excesso de nutrientes críticos (açúcar, sódio e gordura saturada) presentes em cada alimento e melhorou a capacidade de identificação de qual produto seria mais saudável.
Em relação ao modelo de semáforo, a intenção de compra de alimentos mais saudáveis foi maior que na ausência de rotulagem frontal. A rotulagem frontal de alimentos e bebidas tem sido um tema bastante debatido no país e, de acordo com a literatura, tem se mostrado eficaz no auxílio da escolha alimentar individual. Os modelos de advertências parecem ser superiores em relação ao design, utilidade, eficácia e clareza.
O estudo concluiu que a rotulagem com modelo de semáforo apresentou-se mais confusa e contribuiu menos para o julgamento do consumidor na presença de nutrientes indicados com cores verde e amarelo, que podem passar uma falsa impressão de que o alimento era saudável. Logo, a rotulagem frontal com advertências foi mais adequada para informar a concentração de nutrientes críticos presentes em produtos alimentícios e para auxiliar na tomada de decisão dos indivíduos.
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